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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Lusofonia

Não, definitivamente você não está na revista Conhecimento Prático Geografia. Aqui continua a ser sua revista Conhecimento Prático Língua Portuguesa. Porém digo-lhe que a riqueza do idioma português tem uma faceta ligada à questão espacial muito além de Portugal e Brasil, com grandes peculiaridades e reflexos no cenário global nos últimos 500 anos.
Quem já esteve em algum lugar distante da terra natal, como um país asiático, por exemplo, e já viu anunciadas em português, em meio a ideogramas indefectíveis, as doces palavras “Pastéis de Belém”, sabe do que eu estou falando. Situações como essa, fazem com que compreendamos o que Fernando Pessoa realmente quis dizer quando escreveu “Minha pátria é a língua portuguesa”. Esta identidade cultural entre os falantes de língua portuguesa recebe o nome de Lusofonia. Porém antes de falarmos sobre a lusofonia em si, é interessante explicarmos primeiro como o português atingiu e fixou-se em tais lugares do mundo.
A expansão do idioma português deu-se pela fase de regionalização do espaço mundial denominado Grandes Navegações. A busca pelos caminhos marítimos para as Índias, capaz de encontrar fontes para suprir o mercado
Europeu após o embargo das rotas continentais para tais mercadorias, deu a tônica do expansionismo colonialista e mercantilista de cunho metalista. Desta maneira as rotas primariamente desenvolvidas por Portugal estabeleceram bases de cunho estratégico e político proporcionando resultados profundos que marcaram o mundo, tal como o descobrimento das Américas e suas consequência.
Aqui nos ateremos à questão cultural do idioma.

O português é a língua oficial em sete países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, além de territórios autônomos, como é o caso de Macau, na China, e regiões as quais tiveram grandes influencia portuguesa, como Zanzibar e Tanzânia, na África; Malaca na Malásia e a chamada Índia Portuguesa formada por Goa, Damão, Ilha de Angedriva, Simbor, Gogolá, Diu, Dadrá e Nagar-Aveli, na Ásia.
Obviamente, com essa dispersão do idioma português pelo mundo, o contato com culturas diferentes e, por conseguinte de, outras formas de expressão, houve um processo de crioulização do idioma, ou seja, o favorecimento para surgir idiomas derivados da base lexical portuguesa. As “línguas de contato” ou “pidgin” em alguns casos surgem de intersecção linguística. No caso da língua portuguesa, ocorreu em maior grau na África e na Ásia, mas também em outros lugares, como a América Central com o Papiamento e o Suriname na América do Sul com o Saramancano. Não podemos desconsiderar os autóctones dos países os quais têm o “português” como língua materna e migram para outros países estabelecendo assim comunidades, como por exemplo Estados Unidos e Austrália, entre outros. Desta maneira o idioma português figura como o quinto mais falado no mundo e, também, utilizado na internet, mostrando o grau de aceitação e sua presença no cenário mundial. Logo, existem em todos os países, instituições que focam na causa da Lusofonia e com o mote da identidade cultural buscam fazer realizações em prol da comunidade.

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